Branqueamento dentário - o que é? -

Branqueamento dentário

branqueamento dentário

O branqueamento dentário teve início de maneira geral no final dos anos 80.

Atualmente, o branqueamento dentário tornou-se numa prática médico dentária muito procurada por aqueles que procuram melhorar a aparência estética do seu sorriso. Existem diversas técnicas, cada uma com o seu próprio mecanismo de ação. Para que se tornem eficazes, é importante saber distinguir o tipo de escurecimento/descoloração dentária e a sua etiologia, entre outros fatores.  

Pigmentação intrínseca: são inerentes a manchas internas profundas provocadas por defeitos no esmalte, a fatores genéticos, idade, antibióticos, manchas de fluorose, desordens no desenvolvimento, manchas brancas…

Pigmentação extrínseca: ocorrem geralmente pela acumulação de substâncias cromatogénicas nas superfícies externas dos dentes, podendo ocorrer aquando de uma higiene oral deficitária, ingestão de bebidas gaseificadas ou com certos corantes, e alimentos cromatogénicos, bem como o consumo de tabaco. Estas colorações podem ser retiradas com procedimentos de profilaxia dentária como a aplicação de jato de bicarbonato, ao contrário das anteriores mencionadas. A maior parte dos dentes são passíveis de branqueamento. No entanto nem todos os tipos de pigmentação respondem da mesma forma ao branqueamento.

Desta forma podemos distinguir 2 tipos de branqueamento dentários. A decisão de qual das técnicas de branqueamento optar depende claramente das condições particulares de cada paciente e das suas expectativas perante os resultados:

  1. O realizado em consultório (in office bleaching): Comummente utilizado uma luz LED. Esta luz é apenas fotoaceleradora dos produtos de branqueamento, tornando o processo mais rápido. Não é estritamente necessária.
  2. Branqueamento em casa (ambulatório ou home bleaching).

Atualmente, os agentes clareadores mais utilizados são o peróxido de hidrogênio e o peróxido de carbamida no processo de branqueamento dentário. A tonalidade mais branca resulta capacidade de oxidação destes produtos sobre as moléculas dos pigmentos responsáveis pela descoloração dos dentes.

Contraindicações ao branqueamento

Em regra, na generalidade dos pacientes saudáveis e em bom estado de saúde oral, não existem contraindicações para a realização de um branqueamento dentário. No entanto existem algumas contraindicações à realização deste procedimento e por isso é que é tao importante encarar o branqueamento dentário como um ato médico, a ser realizado e supervisionado pelo seu médico dentista.

  • Gravidez (pode ingerir o material);
  • Idades inferiores a 18 anos;
  • Várias recessões gengivais visíveis
  • Paciente não colaborante ou com espectativas irreais
  • Cáries não tratadas, lesões apicais, entre outras…

Sensibilidade dentária durante o branqueamento

De um modo geral os efeitos secundários, quer a nível dentário quer a nível das gengivas, estão relacionados com a concentração dos produtos, a forma como são aplicados e as condições específicas de cada paciente.

Os branqueamentos dentários promovem com frequência a hipersensibilidade dentinária como efeito adverso. Alguns artigos reportam que há maior probabilidade da hipersensibilidade dentinária afetar os dentes mais pequenos, tais como, incisivos laterais maxilares e mandibulares. Esta tende a ser mais percecionada durante o período do tratamento e pode durar até vários dias. Estão relacionados geralmente com a concentração dos produtos, a forma como são aplicados e as condições específicas de cada paciente.

Atualmente existem vários tratamentos disponíveis para o tratamento da sensibilidade dentinária, tanto a realizar antes como durante o branqueamento.

  • O branqueamento dentário quando é feito de forma correta é efetivo e seguro.
  • Pode ser repetido a cada ano e meio / dois anos;
  • É um tratamento previsível e com índice de sucesso elevado
  • Deverá evitar durante o tratamento fumar, beber café ou chás (como o chá preto) , comer chocolates ou comidas com muitos molhos…

Resina ICON

 

A resina ICON é um infiltrante resinoso recente, comercializado a partir de 2009, e de baixa viscosidade. Esta nova tecnologia parece ser bastante vantajosa na abordagem às lesões de cárie iniciais (lesões de mancha branca) bem como utilizada de modo coadjuvante com outras técnicas como o branqueamento dentário ou microabrasão, para camuflar manchas. Esta resina preenche os espaços entre os cristais de esmalte, melhorando consideravelmente a estética e impedindo a progressão da cárie dentária bem como no tratamento de manchas de fluorose (anomalia no desenvolvimento do esmalte causada por um excesso de flúor que pode alterar tanto a cor como a estrutura do esmalte). É bem tolerada e indolor, fazendo com que o esmalte perca consideravelmente a aparência esbranquiçada, no entanto são precisos mais estudos a longo prazo pois ainda tem pouca evidência científica na resolução das manchas de fluorose.

 

Referências Bibliográficas:

Sorriso Gengival

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