Língua pilosa -

Língua pilosa

O tecido da superfície da língua encontra-se revestido por pequenas projeções de tecido chamadas papilas filiformes, que medem cerca de 1 milímetro de comprimento.

Em circunstâncias normais, essas papilas numa língua saudável são de cor rosada, e estão continuamente a regenerar-se. Quando essas projeções de tecido acumulam bactérias e outras substâncias, e não se regeneram à taxa normal, podem causar alterações na coloração da língua.

Como se caracteriza a língua pilosa?

A língua pilosa preta ou nigra caracteriza-se pelo alongamento e pela pigmentação dessas papilas, conferindo-lhes uma aparência semelhante a pelos, daí o termo piloso.  É considerada uma doença benigna rara cujo diagnóstico é exclusivamente clínico, não havendo a necessidade de outros exames complementares de diagnóstico.

Maioritariamente afeta a região central da língua. Pode estar associada a uma infeção fúngica, nomeadamente a candidíase, provocada por um fungo , Candida albicans, e nesse caso apresentar sintomas como sensação de ardor na língua, alteração na perceção do paladar e halitose. Por norma quando aparece de forma isolada é pouco frequente o aparecimento de sintomas.

Apesar do que o nome poderá induzir, as vilosidades podem adquirir outras tonalidades.

A língua pilosa preta ou nigra caracteriza-se pelo alongamento e pela pigmentação dessas papilas, conferindo-lhes uma aparência semelhante a pelos, daí o termo piloso.  É considerada uma doença benigna rara cujo diagnóstico é exclusivamente clínico, não havendo a necessidade de outros exames complementares de diagnóstico.

Maioritariamente afeta a região central da língua. Pode estar associada a uma infeção fúngica, nomeadamente a candidíase, provocada por um fungo , Candida albicans, e nesse caso apresentar sintomas como sensação de ardor na língua, alteração na perceção do paladar e halitose. Por norma quando aparece de forma isolada é pouco frequente o aparecimento de sintomas.

Apesar do que o nome poderá induzir, as vilosidades podem adquirir outras tonalidades.

Quais as causas mais prováveis para a sua génese?

Existem múltiplos fatores que predispõem à sua ocorrência, podendo destacar:

  • Má higiene bucal;
  • Consumo de tabaco ou álcool;
  • Consumo de café em excesso;
  • Imunossupressão (infecção por HIV, pós-radioterapia ou infecção fúngicas)
  • Uso de antibióticos (tetraciclinas, amoxicilina), medicação psicotrópica (antidepressivos, etc), inibidores da bomba de protões, ferro ou anti-sépticos orais…

Nota: Em casos de respiradores orais, ou casos de síndromas com projeção anterior da língua, o não uso da mesma em toda a sua extensão pode ter consequências: não só pelo padrão mastigatório, mas também não permitem que haja um contacto tão eficiente com o céu da boca. Este não uso da zona central acaba por não descamar/esfoliar a língua, apresentando estes pacientes a zona central da língua com uma tonalidade esbranquiçada e com aspeto mais “peludo”.

Qual é o protocolo de tratamento?

Normalmente aconselhamos sempre que tenha uma boa higiene oral, escovar os dentes 3x por dia, utilizando sempre o raspador de língua ou a escova, reduzir o consumo do café e cessação tabágica.  

O objetivo do raspador é causar a descamação mecânica e por isso a escovagem diária da língua é muito importante e faz parte de uma boa higiene oral. As bactérias que se alojam na cavidade oral, também se irão alojar na língua e não só nos espaços entre os dentes.

Quando a língua pilosa está associada a uma infeção fúngica, dever-se-á aplicar concomitantemente um antifúngico tópico, 2 a 3x por dia, ou em forma de bochechos diários (4x por dia) e também se aconselha ao uso de um retinóide que irá promover a descamação química.

Por último, na falha deste tratamento não invasivo poderá realizar-se a abrasão da mucosa lingual com recurso do laser ou mesmo através de cirurgia.

Por norma esta patologia apresenta um bom prognóstico resolucionando-se entre quatro dias e duas a quatro semanas.


Referências Bibliográficas:

  • Martins J. Língua pilosa preta: um relato de caso. (2020). Revista Portuguesa de Clínica Geral. [Internet]. Setembro de 2020.  [citado 29 de fevereiro de 2024]; 36(6), 516–519. Disponível em: https://doi.org/10.32385/rpmgf.v36i6.12719
  • Sousa F, Neto P. Língua villosa nigra. (2018). Galicia Clin. [Internet]. Outubro de 2017 [citado 29 de fevereiro de 2024]; 79 (2). Disponível em: https://galiciaclinica.info/PDF/48/1538.pdf

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